Rato

Numa casa de cômodos caindo aos pedaços, moram Dona Creuza e seu filho, um rapaz calado, seduzido pelos corpos masculinos que circulam pela pensão. Entre seus habitantes, justamente o mais contido é o que se mostra mais intenso, ao assumir uma paixão tão devastadora quanto efêmera com um novo morador. Rato é o pseudônimo do protagonista e narrador do romance de Luiz Capucho. Dele, o leitor conhece os sonhos e desejos, mas jamais o nome. O jovem ?declaradamente enrustido? é sustentado pela mãe, lavadeira e passadeira, e coabita com tipos bizarros, como bêbados, drogados, lunáticos, marinheiros e aposentados, entre outros moradores. Ele passa os dias nesta atmosfera embriagante, desejando os hóspedes mais jovens, deitado em seu beliche ou escrevendo na cozinha tendo uma garrafa térmica por companhia. Rato não trabalha, mas acredita que a literatura ainda vai salvá-lo e tirá-lo dessa realidade inebriante. Com extrema habilidade, Capucho descreve o ambiente, os personagens exóticos e a singeleza da mãe de Rato, que o sustenta e acho isso normal, a rotina de tédio e tesão do rapaz. Enquanto envolve o leitor, Capucho o conduz ao centro da teia, de onde se tem a impressão que Rato nunca vai conseguir escapar: o mundo quase irreal, de tão realista, da cabeça-de-porco. Conquistado pela narrativa, o leitor se surpreende pela agudeza da percepção, da visão de mundo de Rato, que mesmo em seu restrito universo vivido, percebe seu tempo com uma sensibilidade profunda e cortante.
Editora: Rocco
ISBN: 9788532521514
Ano: 2007
Edição: 1
Número de páginas: 127
Acabamento: 
Brochura
Formato: Médio
Complemento da Edição: Nenhum


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