Luta, A

Dona Carmen Dolores possui uma ciência perfeita do inglês, traduz Chaucer, como se fosse um autor dos nossos dias; e há anos que se dedica ao estudo da metafísica alemã e dos teólogos da Idade Média. É um raro tipo de autora, entre nós: bela, não é coquette; ilustrada, não é pedante; gloriosa, não se exibe. Lima Barreto [...]é, sem contestação, um dos escritores de mais brilho, exímia analista de almas, lavrante caprichosa de casos comuns da vida que ela, com a arte sutil de Ariadne, transforma em teia rútila, tão fina, tão delicada, tão graciosa que o espírito nela se prende e fica, como em um halo de luz, gozando, embevecido, o encanto. Coelho Netto Carmen Dolores escolheu excelentes modelos literários, trabalhando-os com afinco. A Luta, romance inegavelmente bem feito, exibe a força de Zola e a vivacidade de Eça de Queiroz no registro revelador de determinado segmento social: a classe média e média-baixa no Rio de Janeiro durante a Bela Época brasileira. Também a seguir a linha de Balzac, a autora estabelece admirável correspondência entre o cenário - o hotel e seus jardins - e a alma das personagens. Maria Angélica Guimarães Lopes


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